Panorama de nosso tempo

Perguntaram ao Dalai Lama: o que mais te surpreende na humanidade? ele respondeu: os homens...por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma,que acabam por não viver nem o presente nem o futuro e vivem como se nunca fossem morrer...e morrem como se nunca tivessem vivido.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A liberdade sem grades


Um dia sentado em uma U.B.S. (Unidade Básica de Saúde) daqui da cidade de Sertãozinho, especificadamente nessa sexta-feita "26-08-11" foi um dia pra ficar... na memória.
As vezes quando estamos tediados e esperando meio aborrecidos uma consulta que não vem, ainda mais que o médico ainda não chegou no horário marcado, confesso que fico chateado, mas ao mesmo tempo vejo aquelas pessoas reclamando uma às outras, penso: "Reclamam tanto do atendimento, mas reclamam tanto também na hora de pagar seus impostos", então resolvi continuar com meu fone de ouvido enquanto o médico não chegava ouvindo as músicas do "Enigma" e o som ambiente de "Amethystium", fiquei organizando as informações na minha mente dentre vários assuntos aleatórios, via pessoas saindo das salas de consultórios preocupadas e outras sorridentes... Interessante observar o comportamento que geralmente são muito mecânicos dos humanos: "vaidade, falta de humildade, reclamações de tudo e insatisfações agudas ou crônicas (como preferir)".
Continuando a observar tudo aquilo, chegou um deficiente físico, um cadeirante, fiquei olhando ele por alguns segundos no que fazia, chegou lá para saber se sua mãe e também se seu irmão tinha dado certo no dentista, todo momento sorrindo, fiquei pensando: "O que faz ele sorrir tanto? Será que a condição de vida dele de ser deficiente físico não flagela o coração e a sua sanidade?" Então a família com esse menino "cadeirante" começa ir embora, então na hora que ele começa a passar em minha frente e eu sentado começo a ficar enfraquecido, flagelado por causa daquela situação e abaixo a cabeça meio triste e infeliz com a sorte daquele menino, mas enquanto estava de cabeça baixa pude ver, em um pedaço da cadeira-de-roda no rodapé escrito: "Freedom" (liberdade), ai então de cabeça baixa e triste, o canto da minha boca do lado direito começou a involuntariamente a sorrir, levantei minha cabeça, meus olhos cheio de água, e em meio a todo aquele pessoal conversando e falando mal de barriga cheia de saúde, começei a pensar: "Então isso é a liberdade, está mais do que pra correr ou usar sentidos básicos, isso é essencia, viver sem grades em nossa mente e em nosso coração, viver sem culpas".

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